| 23/09/2008 11h53min
Diante de mais de uma centena de líderes de todo o mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os subsídios agrícolas e as barreiras comerciais impostas pelos países ricos:
— Um suposto nacionalismo populista que alguns pretendem identificar e criticar no sul do mundo é praticado sem constrangimento em países ricos — disse Lula, na abertura dos debates da 63ª Sessão da Assembléia Geral da ONU, em Nova York.
Em seu discurso, Lula criticou a tentativa de associar a alta dos alimentos à produção dos biocombustíveis:
— A experiência brasileira comprova que o etanol de cana-de-açúcar e a produção de biodiesel diminuem a dependência de combustíveis fósseis, criam empregos, regeneram terras deterioradas e são plenamente compatíveis com a expansão da produção de alimentos.
Para o presidente, além de fatores climáticos e da especulação sobre as commodities agrícolas, a inflação dos alimentos é causada pelos aumentos do
petróleo, que incidem sobre o custo de fertilizantes e
petróleo.
Lula ressaltou que o êxito da Rodada Doha deverá ter impacto positivo na produção de alimentos nos países pobres e em desenvolvimento e disse que é preciso avançar muito para que a humanidade cumpra efetivamente as Metas do Milênio.
Os avanços do Brasil nas áreas econômica e social também foram citados pelo presidente na ONU:
— Tenho orgulho de dizer que o Brasil está vencendo a fome e a pobreza — disse Lula.
Como em outros anos, Lula foi o primeiro presidente a discursar na abertura da sessão, e falou logo depois do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e do presidente da 63ª sessão, Miguel d'Escoto Brockmann. Também participam da abertura os presidentes dos Estados Unidos, George Bush; da França, Nicolas Sarkozy; e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, entre outros.
Nações Unidas devem gerar uma resposta vigorosa "às ameaças que pesam sobre nós", disse Lula
Foto:
Frank Franklin II, AP
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